terça-feira, 5 de janeiro de 2010







Sociedade protetora dos homens

Cuidar do ambiente é importante. Mas deveríamos dar a mesma atenção à espécie humana.

por PAULO SALDIVA*

O Brasil possui um excelente conjunto de leis de proteção ao ambiente. Nossos patrimônios naturais exuberantes assim o merecem. É uma pena, porém, que uma espécie tenha sido excluída da agenda ambiental, a espécie humana. Exemplo prático: a construção do rodoanel viário de São Paulo foi somente autorizada após a conclusão de extenso estudo de impacto ambiental, para minimizar os impactos da passagem de tráfego pesado sobre o cinturão verde e os mananciais. Essa é uma conduta adequada e necessária. Agora, pergunte se o mesmo cuidado é tomado quando as autoridades, para desafogar o tráfego, criam novas alternativas de escoamento de veículos através de zonas residenciais que, de relance, transformam-se em áreas de grande emissão de poluentes. Provavelmente não.Ocorre que nos últimos 20 anos houve uma revolução no conhecimento científico sobre os efeitos da poluição do ar na saúde humana. Hoje, sabemos que partículas finas emitidas pelos veículos se depositam profundamente em nossos pulmões. O ozônio, formado na atmosfera a partir de poluentes emitidos por veículos e indústrias, agride mucosas e vasos sanguíneos. Estudos desenvolvidos por vários grupos de pesquisa do Brasil indicam que a poluição do ar da Região Metropolitana de São Paulo causa mortalidade prematura de cerca de 20 pessoas ao dia. Mais ainda, 1 em 10 internações por doenças dos sistemas respiratório e cardiovascular tem alguma relação com a poluição atmosférica.A Organização Mundial da Saúde (OMS) já percebeu essa relação de causa e efeito. Tanto que, em 2006, estabeleceu novos padrões de qualidade do ar tendo por base reduzir os impactos sobre a saúde humana. Vários países seguiram a conclusão da OMS. O Brasil, no entanto, manteve os patamares adotados nos anos 90 - uma época em que sabíamos cerca de 10% do que sabemos hoje sobre os efeitos dos poluentes no corpo humano. Resultado: os padrões da OMS são 3 vezes menores do que os adotados no Brasil. Desconheço algum argumento médico que indique que os pulmões e as coronárias dos brasileiros sejam 3 vezes mais resistentes do que os dos nossos irmãos europeus ou americanos. Padrões ambientais permissivos são o caminho mais direto para os combustíveis de má qualidade e a tecnologia automotiva antiquada que temos circulando pelas ruas do Brasil. E uma das conseqüências do problema está no enorme custo financeiro do sistema de saúde: apenas na Região Metropolitana de São Paulo, estamos falando em mais de US$ 1 bilhão ao ano. Excluir o homem da agenda ambiental é socialmente injusto, agride a cidadania e também prejudica a economia. Passou da hora de incluirmos a saúde humana na agenda ambiental. A sociedade dos homens agradecerá.*Paulo Saldiva é chefe do serviço de patologia do Inst. do Coração da Faculdade de Medicina da USP e coordena o Inst. Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental do CNPq. Paulo é um dos palestrante do TEDxSP, evento para disseminar as melhores ideias. A SUPER apoia o TEDxSP.

Saiba mais em
http://www.tedxsaopaulo.com.br/

Ilustração: Daniella Domingues

Fonte: Revista Superinteressante

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

MATÉRIA HUMANA - DEZEMBRO 2009


O QUE É TRANSTORNO BIPOLAR?

O transtorno bipolar é uma doença mental em que o paciente alterna estados de euforia e depressão, alem de fases de “normalidade” intercaladas.

A causa exata é desconhecida, mas os cientistas acreditam que estejam ligadas a genética – segundo a Associação Brasileira de Transtornos Bipolar, 50% dos portadores da doença apresentam pelo menos um familiar afetado. Há dois tipos de transtorno bipolar: o I, que é a doença propriamente dita, e o II, em que os episódios de depressão e hipomania (versão mais leve da mania como é chamada a fase de euforia) são mais curtos e mais espaçados entre si. O primeiro tipo atinge cerca de 1% da população e fica no 10º lugar entre os transtornos mentais mais comuns (Veja a tabela abaixo).

O segundo tipo atinge cerca de 8% da população. “O tratamento depende da fase e da gravidade e sempre envolve medicamentos, em geral estabilizadores de humor”, explica o psiquiatra Eduardo Pondé, professor –adjunto do Instituto de Ciência da Saúde da UFBA. Mas só remédio não basta: é preciso tratamento psicológico para ajudar o paciente a aceitar e controlar a doença.



(Clique na imagem para ampliá-la)


Fonte: Revista Mundo Estrano Edição 93 - Novembro 2009






quinta-feira, 26 de novembro de 2009

MATÉRIA HUMANA - 01/09 NOVEMBRO 2009




COMO MANTER O EMPREGO

Segundo uma pesquisa realizada pelo psicólogo Frances Dominique Clavier em 17 países, 72% dos entrevistados teme a possibilidade de perder o emprego. E aqui no Brasil não é diferente. E você? Sabe como fazer para manter seu emprego? De acordo com a opinião de diretores de corporações, líderes e consultores, foram elaboradas algumas dicas que podem ajudá-lo:

1. Trabalhe feliz. Este é o primeiro item para ter sucesso profissional. Como isso não se constrói, é preciso, primeiramente, que você goste do que faz. Sem brilho e sem paixão o profissional está fadado a não ter sucesso.

2. Corresponda às expectativas. No frigir dos ovos, é a capacidade de entrega que determina a competência de um profissional. Se você não for capaz de entregar o que a empresa espera de você (pelo menos), nenhum outro item será capaz de garantir seu emprego.

3. Seja pró-ativa. Não espere que alguém venha lhe dizer o que fazer e nem faça apenas o que deve ser feito. Encarar o trabalho simplesmente como rotina de tarefa que devem ser cumpridas é um grande risco. Aumente seu leque de tarefas, ofereça-se para ajudar.

4. Aprenda sempre. É proibido parar no tempo. Ter disposição para aprender, seja em cursos ou com outros profissionais da empresa, é premissa básica. Nunca (nunca mesmo) ache que o que você já sabe basta. Pois, não basta.

5. Envolva-se com as questões da empresa. Manter uma atitude “empreendedora”, mesmo quando você ocupa apenas um cargo, é importante porque demonstra o grau de comprometimento que você tem com os objetivos e os valores da organização.

6. Trabalhe com energia. Sim, a rotina pode ser desgastante, pode faltar tempo para respirar, mas é preciso ter combustível. Pessoas sem ânimo nunca são bem vistas. Nem bem-vindas.

7. Gerencie sua carreira. Não espere que a empresa seja responsável pelo seu futuro profissional. Ela pode apoiar, orientar, mas a responsável pela sua carreira é você mesma. Isto é indelegável.

8. Demonstre interesse. Ter disposição para buscar novas soluções ou formas de cumprir tarefas no ambiente de trabalho deixa claro seu interesse pela organização. E tudo o que as empresas precisam é de gente interessada. E pensante.

9. Exiba seu senso crítico. No bom sentido, claro. Nada de sair falando mal de tudo o que já está pronto. Avalie o que pode ser melhorado, o que pode ser substituído e, com diplomacia, demonstre que você tem opinião sobre os procedimentos da empresa.

10. Sugira. É um grande erro aguardar uma idéia só para si. Se você tem uma sugestão para melhorar algum procedimento, o melhor a fazer é levá-la público. As mudanças ocorrem assim. Certamente, profissionais que espontaneamente apresentam planos e idéias são mais prezados do que os que simplesmente cumprem o dever.

Fonte: RH Veran